Descubra como lidar com a insegurança e ter uma vida mais leve.

O que é insegurança?

Você sabia que a insegurança está diretamente ligada com a forma com que você enxerga o mundo, ou seja, com as suas crenças?

Para você entender melhor, podemos fazer uma analogia com uma pessoa que precisa usar óculos para enxergar. Sem os óculos, a visão do dessa pessoa é embaçada, ela não tem precisão, não tem foco. Dependendo do problema ela pode até confundir uma coisa com outra pelo simples fato de não conseguir ter clareza do que realmente está vendo.

Assim é a pessoa insegura. As crenças que ela tem sobre si, sobre o outros e sobre o mundo fazem com que ela veja insegurança em tudo e em todos e quase que a todo momento.

O papel da crença na manutenção da insegurança

Na terapia cognitivo comportamental, existe a premissa de que:

“Não são os acontecimentos em si que nos causam sofrimento mas sim a interpretação (a lente que usamos) desses fatos.”

Por isso, o terapeuta procura entender a relação funcional existente entre os pensamentos, os sentimentos e o comportamento do paciente, porque um exerce influencia direta sobre o outro.

As crenças centrais – conhecidas popularmente como crenças limitantes – são construídas na infância, na adolescência e durante a vida. E essas crenças são as lentes que a pessoa vai utilizar para ver o mundo.

Isso quer dizer que, a depender de alguns fatores genéticos e das experiências de determinada pessoa, ela vai ter, por exemplo, a tendência de ver o copo meio cheio, meio vazio ou às vezes de nem enxergar o copo.

Como ela se manifesta?

Alguns exemplos de pensamentos e crenças que pessoas inseguras tem:

  • “Não sou boa o suficiente”
  • “Não tenho as habilidades necessárias para …”
  • “Se eu me posicionar e expor a minha opinião, não vou ser aceita”
  • “Meu parceiro (a) não me elogia porque não me acha atraente”
  • “Preciso pedir a opinião do máximo de pessoas possíveis para conseguir tomar a melhor decisão”
  • “Sou facilmente substituível por isso preciso estar sempre atenta”

A pessoa insegura não consegue enxergar o mundo de outra forma que não seja desconfiando dele, fugindo dele ou até mesmo evitando se relacionar com esse mundo. As coisas mínimas se tornam gigantes pelo simples fato de que foi assim que você aprendeu a interpretar as situações ao seu redor.

É como se você usasse recebesse um óculos limpo na sua infância e durante a sua vida essas lentes foram sujas mas você não limpou e seguiu usando elas. Mas não precisa ser assim!

Efeitos da insegurança no dia a dia

A insegurança afeta principalmente as nossas relações interpessoais e claro, a nossa autoestima. Ela pode produzir não só um bloqueio ou uma grande dificuldade para confiar nas pessoas mas também:

  1. Dependência Emocional
  2. Tendência a se envolver e entrar em relacionamentos abusivos
  3. Dificuldade para impor limites e dizer não
  4. Medo de se envolver e enfrentar novos desafios
  5. Autocrítica exagerada
  6. Ciúmes excessivo
  7. Resistência e reatividade ao receber demonstrações de amor de terceiros (palavras, toques, presentes)

Grande parte desses efeitos são posturas adotadas por essas pessoas na tentativa de se proteger, se preservar e tentar não sofrer novamente, mas normalmente o efeito é contrário e apesar de evitar a dor conhecida, o indivíduo passa a sofrer porque na grande maioria das vezes não quer se fechar mas não consegue agir de uma outra forma.

O que fazer para ser menos insegura?

  1. Tire um tempo para se analisar e refletir sobre o que te causa insegurança: pare e pense sobre algumas situações, pessoas ou até mesmo locais que você lembra que fizeram com que você se sentisse insegura e se pergunte:
    • Como você se sentiu?
    • O que você estava pensando quando aquilo aconteceu?
    • Qual foi a sua reação?
  2. Não tenha medo de sair da sua zona de conforto.

Como dito anteriormente, pessoas inseguras tendem a utilizar algumas estratégias para evitar entrar em contato com a dor ou com possíveis situações de risco na tentativa de se proteger, mas será que essa é a melhor estratégia? Nós precisamos entender que não temos certezas absolutas e que a vida é repleta de desafios e as decepções fazem parte do processo. Por isso, começar a se expor devagar é um ótimo exercício.

Além disso, trabalhar para construir uma autoestima mais saudável, ou seja, indo a terapia, questionando seus pensamentos e desenvolvendo sua autoeficácia. E para os seus relacionamentos, ter clareza dos seus valores e objetivos dentro de uma relação ( e não aceitar menos que isso) e construir uma vida significativa para além da relação amorosa.

A terapia pode te ajudar com a lidar com a insegurança e ter relacionamentos mais saudáveis. Na Clínica Psi do Futuro, você encontra profissionais qualificados, comprometidos com um atendimento humano e baseado em evidências científicas para te oferecer o melhor tratamento possível. Você pode encontrar o melhor psicólogo para o seu caso, preenchendo o formulário aqui.